30 de outubro de 2013

Barquinho de papel



"Rema pequena!"
De  longe eu ouvia uma voz vinda de muita longe dizendo essa frase exclamativa em meus pensamentos, como eu poderia remar contra, depois do motor do meu barquinho ter fundido? Eu não tinha mais remos e muito menos força para debater com essa tanto de ondas brutesca que insistiam em me atingir. Uns irão me chamar de covarde, outros de corajosa, porque cá entre nós, tem que ter muita coragem para se despedir de um grande amor. Mas aceito o que vier, pulei do barco e não me arrependo, bem, por enquanto não (...)

Há alguns dias em terra firme, solidificada nessa areia que se move com tanta facilidade que nem sei se posso dizer que estou realmente solidificada.  É tudo muito encantável aonde estou, tem muitas tentações e coisas novas, é um mundo de descoberta pelo qual ainda não havia me interessando em fazer parte e que era totalmente desconhecido, confesso que o desconhecido sempre me atraiu, mais as vezes temo um pouco aonde ele possa me levar.

Recebi algumas propostas para me jogar em alto mar novamente, nenhuma delas foram aceitas, tudo que eu menos preciso nesse momento é me jogar novamente ao mar. Água te quero bem longe daqui! E deixo bem claro. Amor é muito mais do que se jogar ao mar, amor é reciprocidade é entrega mútua e convenhamos que no momento eu não consigo sentir nada por ninguém, então meu caro, eu não me jogo nem por mim mesma, vou me jogar por alguém? Sinto muito, entre na fila e pegue uma senha.

Quando o coração da gente pertence a outro ser de carne, osso e sorriso bonito, fica difícil se envolver sério com alguém, torna impossível envolver-se sentimentalmente com alguém, isso não quer dizer que coisas carnais ficarão bem longes de você, porque provavelmente não ficará, eu aprendi ao não colocar sexo interligado com amor e quer saber? Estou muito feliz e vou muitíssimo bem, obrigada.

Sei que no fim, minhas teorias "bobolentas" e cheias de auto-afirmação ecoam nos meus pensamentos, inundam os meus mais sórdidos devaneios. Mas sabe, é que quanto mais longe fico de você, mas perto me sinto estar, contraditório, mas juro, posso explicar: Distância física, calculadas em Km, mas no coração, ah no coração, o seu espaço ainda equivale 90%, o restante são distribuídos a minha família que amo muito e os poucos amigos que tenho.

 Para finalizar:

"Nosso barquinho, navega, navega, sempre temendo um naufrago, ele sabe como demonstrar estar aparentemente bem, nesse momento ainda consegue manter seguindo sempre em frente, reto o grande mar de incertezas que existe. Consegue navegar em outros mares, carrega agora consigo outras pessoas, novos sentimentos, novas descobertas e sonhos, mas em meio a tantas informações e necessidade de se provar feliz. Sempre haverá um momento em que não iremos mais querer as incerteza das águas, sujeitos a inúmeros temporais rotineiros dos oceanos. Vai haver um dia em que iremos querer encontrar enfim, terra firme, pois ali é mais seguro, mais certo, ali é mais concreto e é ali que quero ficar como uma rocha, feito uma árvore e permanecer até a eternidade, só que agora, com vo-cê."




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Localizador de visitas