2 de outubro de 2013

Brilhante e calma em curvas precisamente femininas



" Mas a maneira com que ela andava me fazia sentir algo desconhecido, era uma espécie de nostalgia que vinha bem de longe, abraça-lá devia me deixar estonteantemente leve, devia trazia consigo uma paz, uma energia positiva, Ela simplesmente emanava pelos poros, coisas boas."

Todos dias vagando pelas ruas, cumprindo obrigatoriamente os meus afazeres em uma existência insignificante e sem cor, calculava em uma soma feita por cabeça e sem nenhum rascunho, quantas pessoas haviam de passar pelo os mesmos caminhos que eu. Refletia sobre, ninguém jamais ter me cumprimentado ou ter tido algum gesto afetuoso, alguma palavra educada ou até mesmo um meio sorriso de lado. E sinceramente até o momento, isso não tinha feito nenhuma diferença na minha vida. Milhares de pessoas em suas correrias diárias, passavam desapercebidas sempre.

O futuro é uma caixa de surpresas, é tão enigmático quanto o sumiço de suas tampinhas de caneta bic, e quando agente menos espera e imagina o improvável acontece: " Lá estava ela, uma estrela em meio a multidão, brilhava mais que um holofote, ela tinha luz própria,se destacava entre um milhão."

Como nunca soube lidar com situações adversas e o pior, nunca soube lidar com o que meu coração sentia, recuei ao máximo, da miragem que estava a cada passo mais próxima. A sensação que tive era que estava sendo devorado por uma luz, que chegava a doer os olhos de tão forte que era. Passos mais á frente, e por total ironia do destino, ela tropeçou diante dos meus pés, deixando cair seus pertences trabalhísticos e sem me conter tive a atitude que qualquer homem teria, ajudando ela recolher os itens do chão.

Neste momento, notei que os seus olhos eram azuis cor de céu e que tinha um sorriso afável e acolhedor. Sem querer, esbarrei em seu braço esquerdo, aonde tivemos o nosso primeiro contato físico, chegou a ser engraçado, pois me veio á cabeça o meu professor de física do colegial, barbudo e velho, que sempre dizia: "Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço." E como por alguns segundos eu desejei,que sim, dois corpos ocupassem o mesmo espaço, desejei não sem querer, mais totalmente proposital, esbarrar, braço,ante-braço, barriga, pernas e boca, boca á boca.

Como forma de agradecimento por tê-la ajudado, ela me deu um simplório aperto de mãos e disse um gentil muito obrigada. Seguiu o seu destino, me deixando ali, no mesmo local, sem muito entender. Minutos depois de uma caminhada contínua cheguei ao meu trabalho, e ela foi o motivo de muitos pensamentos em todo decorrer do meu dia. " A mulher vibe boa" não, " A mulher holofote" não, " A mulher angelical", não " A mulher luz própria." sim,não. Quantas dúvidas, ela era tão inteiramente diferenciada e tão puramente perfeita, que não havia descrição concreta.

Eis que encontrei a melhor definição de todas: Ela era como um devaneio, exatamente igual aqueles sonhos que agente nunca quer acordar, de tão bom e gostoso que é, tinha a leveza das nuvens e cheiro de marshmallow e gosto de chocolate trufado, era refrescante como um sorvete em um dia ensolarado, brilhava feito as estrelas do céu, e emanava paz e muita calmaria, pelo o simples toque e jeito de olhar.Era mulher, total e completamente mulher, dama á moda antiga, que não se faz mais. Não precisava ser astrólogo para saber que ela só poderia ser nativa de peixes, descendente em áries. Emotiva, sensitiva, serena,devota compassiva. E não precisava ler cartas e perguntar aos monges o que estava claramente explícito até para o ser mais tolo: Eu estava loucamente e insanamente apaixonado por ela.



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